Lá fora chove. Aqui dentro tudo é triste e lembra você; a saudade aperta como se entrasse pela fresta da minha alma e a angustia é sombria. Te espero. Espero um sinal e você parece não existir, então vou até à porta mas de lá é impossível ver o horizonte. Quem sabe as estrelas acalmassem meu sofrimento e eu me arrebatasse da dependência do seu olhar...
Nada. Nada parece ter sentido quando você não está. Os pássaros cantam como se anunciassem solidão e o tic-tac do relógio desperta desespero. O vento bate à porta e assovia dizendo que ela não vem. O frio arde como fogo; o silencio dói feito espada.
As paredes falam por si e cada vez mais me vejo preso entre o concreto morto; morto sem alma, sem sentimento. Então vejo que não me resta nada. Apenas esperar que o tempo me leva até você. Que o tempo devolve-me a paz e a felicidade de outrora. Me traz sua presença e me enche da tua paz. Você é a paz.
Autor: Jessé A. Freitas
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